Fotos: Mateus Rossato (Diário)
Um pai de aluna da Escola Estadual de Educação Básica Augusto Ruschi, localizada na Rua Dr. Paulo da Silva e Souza, no Bairro Juscelino Kubitschek, manifestou indignação com a situação da instituição após a filha ter sido picada por uma cobra dentro do pátio escolar na semana passada. Cleber de Freitas foi um dos pais que falou sobre a situação ao Diário. Ele também relatou que recentemente outro estudante foi mordido por um cachorro que circula livremente pelo espaço.
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— Semana passada uma cobra picou minha filha aqui. A gente levou para a universidade. Sorte que não era uma cobra venenosa. Então está um caos. Falta de limpeza, falta da direção — disse o pai, destacando ainda a ausência de uma faixa de segurança adequada em frente à escola e a falta de supervisão durante o recreio.
Direção confirma ocorrência e diz ter tomado providências imediatas
A reportagem do Diário esteve na escola na manhã desta quinta-feira (9) e ouviu a equipe diretiva. A diretora Marta Regina Fontoura confirmou que o caso está sendo apurado e que as imagens das câmeras de segurança estão sendo verificadas. Já a vice-diretora, Eliana Avinio Berleze, que acompanhou o atendimento à estudante, detalhou o ocorrido:
— Foi dentro do pátio da escola sim, logo após o recreio. As crianças vieram relatar, a menina disse que achava que tinha pisado em um graveto, mas era uma cobra. Mais de uma criança viu o animal. Nós tomamos providências imediatas, entramos em contato com a mãe, acionamos o Samu e os bombeiros vieram até o local investigar. A menina passou a tarde em observação e foi constatado que não era uma cobra peçonhenta. Graças a Deus, está tudo bem.
A vice-diretora afirmou ainda que essa foi a primeira vez que uma situação desse tipo ocorreu na escola.
Vegetação e lixo em torno da escola preocupam a direção
De acordo com pais de alunos, a presença de vegetação e o acúmulo de lixo nos arredores da escola poderiam estar favorecendo o aparecimento de animais. A diretora Marta reconhece o problema e aponta a falta de servidores e o comportamento da comunidade como fatores que agravam a situação.
— Nós sempre temos um funcionário responsável pela limpeza e corte da vegetação, mas o tempo chuvoso e o calor aumentam a demanda. Nossa escola é muito grande, ocupa quase toda a quadra. Além disso, muitos moradores atiram lixo em torno da escola, e somos nós que temos de arcar com a limpeza usando recursos próprios. Mesmo com placas pedindo colaboração, o problema continua – relatou Marta.
Cachorros e trânsito também são motivo de alerta
Outro ponto levantado pela direção é a presença frequente de cachorros no pátio. A diretora retornou a explicar:
— Essa questão dos cachorros nos preocupa há muito tempo. Temos um portão amplo e, às vezes, as famílias vêm com seus animais até a escola e eles acabam entrando. Fazemos o possível para afastá-los, mas temos poucos funcionários.
Sobre o trânsito, a diretora afirmou que a escola já entrou em contato com a Guarda Municipal pedindo reforço na sinalização e segurança para travessia dos alunos.
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